Caio César
Uma janela de esperança pode se abrir em meio ao caos
Com potencial de crescimento e menor tarifa de Trump, Brasil pode se reinventar e crescer no meio da guerra comercial

Uma guerra comercial foi de fato iniciada
A China anunciou nesta quarta-feira (9) que vai impor tarifas de 84% sobre os produtos importados dos Estados Unidos, já a partir desta quinta-feira (10), uma resposta às taxas de 104% sobre produtos chineses, determinadas pelos EUA na terça (8).
Mas o que isso impacta no Brasil? Isso é de fato, muito ruim para o mundo todo?
O receio de que o país poderia ser um dos alvos principais desse “tarifaço global” do governo Trump, deu lugar a um certo alívio depois de a Casa Branca colocar o Brasil na menor alíquota extra de importação (10%) – países como China (34%), Índia (26%) e Japão (24%) terão, em tese, um problema muito maior.
A tarifa vai sim encarecer produtos brasileiros comprados por empresas americanas, mas terá um impacto bem menor do que nessas outras nações.
Até porque, o “tarifaço de Trump” tende a gerar inflação nos Estados Unidos, e poderia esfriar a maior economia do mundo.
E aí vem o “copo meio cheio”, de potenciais ganhos para o Brasil nesse momento.
Esses pontos positivos, se posso assim dizer, vão desde ganho de competitividade de produtos no mercado americano a um aumento das vendas de commodities para a China, já que o país tende a reduzir as compras dos Estados Unidos.
Há também, expectativa de que o aumento da tensão entre EUA e Europa possa impulsionar a implementação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, algo que pode ampliar as exportações da indústria brasileira.
Então, sabe aquela expressão: “dos males, o menor” ?
O mundo inteiro vai sofrer com a porta fechada dos EUA, sim! Mas o Brasil pode encontrar, no meio de tudo isso, uma janela aberta, e de repente crescer no meio do caos.
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